Nesta sexta-feira (14), o presidente do Sinsap, André Luiz Santiago, concedeu uma entrevista ao programa Boca do Povo apresentado por B de Paula Filho na rádio FM Difusora, 101,9 para falar sobre os 99 aprovados no concurso que faltam ser convocados .

Na ocasião Santiago falou do acordo com o governo. “Lutamos pelo número mínimo de 1,7 mil novos servidores para poder suprir a demanda do Sistema, entretanto o governo disse que só teria condições de chamar 435 de forma emergencial, entretanto Executivo alegando o cenário de crise, dois anos depois do acordo, começou a chamar os aprovados de forma escalonada, o que não foi combinado com a categoria”, enfatiza. O governo dividiu os 435 em três etapas de convocação, chamando primeiro 200, em segundo 120 e agora restam 99 que ainda não tem data certa para serem convocados.

Ele destaca ainda que os novos servidores era para suprir a demanda já existente, mas não é isso que o governo vem alegando. “O governo reconheceu a falta de agentes, na Máxima por exemplo temos 10 servidores para cuidar de 2,4 mil presos, sendo que esse número é dividido em diversos setores dentro do presídio, sendo assim, tem local que não tem servidor, e mesmo assim o governo ainda insiste em propagar uma politica de expansão”, diz André.

O Sindicato realizou um estudo que comprova que mesmo com a convocação dos 435 servidores em sua plenitude ainda não há condições de assumir novos presídios e delegacias. “O sindicato fez um estudo que revelou que mesmo chamando o total dos formados não supre as demandas de expansão que o governo tem propagado, que é expandir unidades, criar unidades penais e assumir delegacias, desta forma a situação ficará pior que antes. Para atender essa nova realidade é necessário que o governo convoque também os remanescentes”, destacou o presidente.

Durante a entrevista André Santiago, falou sobre a lista de servidores ameaçados pela facção e cobrou um posicionamento da Agepen. “Existe uma lista de servidores ameaçados, algo muito grave e ainda não vemos um posicionamento do governo para salve guardar a vida do servidor, algum procedimento oficial, notificação ou algo do tipo. Queremos que ele seja notificado oficialmente para que ele possa provar que está sendo ameaçado por exercer a profissão”, cobrou.

Ele falou ainda sobre a questão salarial. “O servidor coloca sua vida em risco todos os dias e não é reconhecido com o seu salário. Somos categoria de nível superior e temos o pior salário da segurança pública”, afirmou Santiago.

O Sindicato falou que tem cobrado que chame o mais brevemente os servidores que faltam. “Agora estamos tendo que negociar algo que já estava negociado. Vamos sentar novamente com o governo e cobrar que ele nos entregue uma data para a convocação desses 99”, conclui o presidente.