Nesta terça-feira (20), o presidente do Sinsap, André Luiz Santiago, ocupou a tribuna durante sessão na Assembleia legislativa, representando o Fórum dos servidores públicos.

Na ocasião Santiago apresentou dados em que demonstram que o governo tem condições de dar reajuste salarial. “O governo de Mato Grosso do Sul, insiste em usar como argumento o fato que não tem condições de oferecer aumento aos servidores. Entretanto, levantamentos mostram que o Estado obteve diversas ajudas financeiras, entre elas podemos citar a repatriação de recursos, renegociação das dívidas do Estado, sendo que teve um bônus que a dívida só será cobrada a partir do sexto semestre, além do depósito judicial de1 bilhão. Além, de utilizar recursos da previdência irregularmente pelo qual está sendo denunciado. E ainda os aumentos nos impostos, ICMS, IPVA, entre outros”,destacou.

Na ocasião ainda falou sobre a postura contraditório do executivo, que afirma estar em crise entretanto, tem gastos exorbitantes com contratos publicitários de mais de 400 milhões e possui uma folha de mais de 2 mil funcionários comissionados, com salários até R$28 mil. “Para demonstrar a incoerência do governo, existem 1.199 mil contratos para isenção fiscal sendo discutidos judicialmente. Deixando de arrecadar em um período que alega precisar de recursos. Isenções que chegam a atingir até 93%, justificadas para gerar emprego e não estamos vendo tais empresas garantirem o seu acordo de manutenir frentes de trabalho. Além dos gastos exorbitantes de mais de 400 milhões com publicidade. E se mencionarmos a folha dos comissionados, com 2.173 funcionários, que recebem até três vezes mais para executar os meus serviços de servidores concursados. Como um governo que vive em crise pode ter esses gastos?”, ressaltou Santiago.

O presidente falou do descaso pelo qual os servidores está sendo tratado e cobrou um posicionamento oficial do governo em relação ao reajuste salarial. “Isso nos leva a entender que existem dois pesos e duas medidas, onde quem sempre fica prejudicado é o servidor público, o mesmo servidor que ele afirmou em sua campanha que valorizaria. O governo não tem demonstrado respeito ao funcionário público, até o momento não houve nenhum comunicado oficial, falando sobre o aumento de 3%, o que sabemos foram noticiais vinculadas pela imprensa”, enfatizou.

André, questionou na Assembleia Legislativa em relação do aumento que o governo vem mencionando. “Precisamos ressaltar que estamos há dois anos sem aumento, onde nem o abono sofreu reajuste, onde temos uma inflação acumulada de 2015 a 2017 de 23,44%, onde o governo tem um discurso falacioso de ganho salarial de aproximadamente 41%. Indago os deputados aqui presentes quando esta Casa Leis aprovou esse tipo de aumento aos servidores? Promoção de servidores que na maioria das vezes estava em atraso por mais de 11 anos em média não é aumento salarial!”, concluiu.